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05 fevereiro, 2010





No tempo em que eu era peixe, uma mulher visitava-me em segredo. Ás vezes morta, às vezes viva; mas sempre com o mesmo sabor na pele, alastrando-se pelas águas.

2 comentários:

  1. tu escrever muito bem
    eu jane

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  2. Num tempo em que somos quem temos obrigatoriamente de ser, neste tempo de hipocrisia onde a mentira reina, vivemos rodeados da morte e da vida que a cada segundo que passa se manifestam.
    Num tempo em que não sabemos quem somos, encontramos o nosso eu nas profundezas desse mar azul que nos cerca e nos envolve.
    Mas o eu que lá habita, é um eu construído e tem tanto do sabor da pele de quem nos visita que se baralham os eus...
    Misturam-se as águas, confundem-se os eus, mas o teu, eu sei, continua a ser infinito.

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